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Mostrando postagens de 2014

A voz da Reforma – Texto da Reforma Protestante

Devido a Reforma, estou postando este texto, que é um dos exemplos do trabalho de interpretação bíblica feita por Martinho Lutero, este texto também está postado no blog Edmario Servo.    Por que se amotinam os gentios, e os povos imaginam coisas vãs? Os reis da terra se levantam e os governos consultam juntamente contra o SENHOR e contra o seu ungido (Salmo 2:1-2)             É evidente que a palavra reis aqui se refere a Herodes e Pilatos, mesmo Pilatos não tendo sido rei, porque os dois operaram juntos para cumprir o conselho de Deus profetizado: destruir a Cristo. Por príncipes , se entende os líderes entre os sacerdotes. Por gentios , os soldados romanos que estavam sob as ordens de Pilatos, que maltrataram a Jesus, castigando-o e crucificando-o. Por povos , ao povo judeu.             Nota-se aqui a modéstia do profeta, quando brandamente fala da fúria destes homens apesar de que, com justiça poderia haver mencionado aquelas lamentáveis expressões dos judeus: “Cru

Fragmento de Clemente de Roma

 Clemente de Roma, segundo Justo Gonzalez, em seu primeiro volume de sua História do Pensamento Cristão menciona que, ele foi bispo de Roma no primeiro século, e que a obra Carta aos Coríntios (obra autêntica escrita em grego), seria uma carta de uma igreja para outra igreja, e não uma carta particular do bispo de Roma. Assim, a carta por natureza, é primordialmente prática, "tratando dos vícios que causam divisões e das virtudes que fortalecem a unidade; lida com outros assuntos teológicos tangencialmente." (GONZALEZ, 2004, p.63). Segue um trecho da carta em português: Tu abriste os olhos do nosso coração, para que conhecêssemos que tu és o Único, o Altíssimo no altíssimos dos céus, o Santo que repousa entre os santos. Tu que humilhas a violência dos soberbos, que aniquilas os projetos dos povos, que exaltas os humildes e rebaixas os soberbos. Tu que fazes enriquecer e empobrecer, que matas e dás a vida, o único benfeitor dos espíritos e Deus

A Didaquê ou Ensino dos Doze Apóstolos

 A "Didaquê" é como um antiquíssimo manual de religião. Julga-se ter sido redigida entre os anos 90 e 100, na Síria, na Palestina ou em Antioquia . Traz no título o nome dos apóstolos, mas não pretende ser de autoria de algum deles. O texto divide-se em 3 partes: a primeira é um tratado de ética (capítulos: 1 a 6); segunda (capítulos 7 a 10) é uma descrição de uma ordem de culto, e a terceira (capítulos 10 a 15) refere-se a uma instrução para a vida comunitária. Os antigos Pais da Igreja mencionaram muitas vezes a Didaquê. Seu texto, porém, parecia perdido até que em 1883 foi descoberto um manuscrito grego, e logo após foram descobertos ainda outros fragmentos (em copta, grego e latim). (Por Cirilo Folch Gomes, Antologia dos Santos Padres, São Paulo: Paulinas, 1973, p.26).   O fragmento aqui se refere aos capítulos 1 e 5, que falam respectivamente sobre o caminho da vida e o caminho da morte: CAPÍTULO I 1Existem dois caminhos: o caminho da vida e o caminho da m

Credo Apostólico

Creio em Deus Pai, Todo-poderoso, Criador do Céu e da terra. Creio em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, o qual foi concebido por obra do Espírito Santo; nasceu da virgem Maria; padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; ressurgiu dos mortos ao terceiro dia; subiu ao Céu; está sentado à direita de Deus Pai Todo-poderoso, donde há de vir para julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo; na Santa Igreja Universal; na comunhão dos santos; na remissão dos pecados; na ressurreição do corpo; na vida eterna. Amém.  ---------------------------------------------------------------------------- O Credo Apostólico, o mais conhecido dos credos, é atribuído pela tradição aos doze apóstolos. Mas os estudiosos acreditam que ele se desenvolveu a partir de pequenas confissões batismais empregadas nas igrejas dos primeiros séculos. Embora os seus artigos sejam de origem bem antiga, acredita-se atualmente que o credo apostóli

Credo de Atanásio

  1. Todo aquele que quiser ser salvo, é necessário acima de tudo, que sustente a fé universal. [2] 2. A qual, a menos que cada um preserve perfeita e inviolável, certamente perecerá para sempre. 3. Mas a fé universal é esta, que adoremos um único Deus em Trindade, e a Trindade em unidade. 4. Não confundindo as pessoas, nem dividindo a substância. 5. Porque a pessoa do Pai é uma, a do Filho é outra, e a do Espírito Santo outra. 6. Mas no Pai, no Filho e no Espírito Santo há uma mesma divindade, igual em glória e co-eterna majestade. 7. O que o Pai é, o mesmo é o Filho, e o Espírito Santo. 8. O Pai é não criado, o Filho é não criado, o Espírito Santo é não criado. 9. O Pai é ilimitado, o Filho é ilimitado, o Espírito Santo é ilimitado. 10. O Pai é eterno, o Filho é eterno, o Espírito Santo é eterno. 11. Contudo, não há três eternos, mas um eterno. 12. Portanto não há três (seres) não criados, nem três ilimitados, mas um não criado e um ilimitado. 13. Do m

Propósito do blog

O propósito deste blog é transcrever escritos cristãos pós- escriturísticos que vão do século II até o século XIX. Estas transcrições desejam atingir teólogos, filósofos, historiadores e cristãos em geral. Sendo que a precedência de critério ao escolher estes escritos é determinada pela minha confessionalidade protestante e evangélica. Por isso, a confessionalidade minha é norteada nos seguintes credos e confissões (que estarei divulgando): Credo dos Apóstolos, Credo de Atanásio, decisões dos Concílios de Niceía 1, Constantinopla, Éfeso e Calcedônia, e Sola Gratia, Sola Fide, Sola Scriptura, Soli Deo Gloria, Solo Christus, Confissão de Fé de Westminster, Catecismo Menor de Westminster, Catecismo Maior de Westminster, Cânones de Dort, Confissão Belga, Catecismo de Heildelberg, Confissão Escocesa, Confissão de Fé da Guanabara, Segunda Confissão Helvética, Confissão Batista de Londres (séc.XVII). Compromissos da Missão JOCUM. Ao lermos este textos nos é possibilitado ver diferentes d